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MALTA, António David Sequeira, (.... – 1966). Militar. Nasceu em Cabanas de Torres, freguesia com o mesmo nome. 1.º Cabo de Cavalaria no Batalhão de Cavalaria n.º 1880 / Companhia de Cavalaria n.º 1510, morto em combate em Moçambique no dia 3 de Março de 1966.

MARQUES, Diogo, (.... – 1918). Militar. Natural de Tojal, freguesia de Aldeia Gavinha. Soldado do Regimento de Infantaria n.º 16, morto em combate em França no dia 8 de Março de 1918.                    

MARTINS, Padre José Eduardo Ferreira, (1934 – 2012). Eclesiástico e historiador. Nasceu no dia 22 de Agosto de 1934 no lugar de Pé de Cão, freguesia de Olaia, concelho de Torres Novas, filho primogénito de Carlos dos Santos Martins e de Ema de Jesus Ferreira. Em 1945 é admitido no Seminário de Santarém onde permanece três anos, após o que transita, em 1948, para o Seminário de Almada. Em 1952, após quatro anos em Almada, ingressa no seminário de Olivais, sendo ordenado diácono em Janeiro de 1958 e sacerdote em 15 de Agosto desse mesmo ano. Após o seminário é colocado como coadjuntor na paróquia de Tomar, aí servindo até 1961, ano em que se transfere para o concelho de Alenquer, tomando posse das paróquias de Aldeia Galega da Merceana e de Aldeia Gavinha.
A sua chegada à vila de Alenquer, para paroquiar Santo Estêvão e Nossa Senhora da Assunção de Triana, verifica-se no dia 5 de Outubro de 1975 e aqui permanecerá até se reformar da vida eclesiástica em 2011. Contudo, desde 1963 que exerceu funções como docente no Externato Damião de Góis leccionando várias disciplinas a convite do seu director, padre Joaquim Maurício, chegando mesmo a ser director deste estabelecimento de ensino, entre 1968 e 1973. Com o encerramento do Externato, virá a ensinar Religião e Moral na Escola do Ciclo Preparatório e na Escola Secundária, isto até 1995. Associadas ao sacerdócio, exerceu funções relevantes na Santa Casa da Misericórdia de Alenquer e nos Escuteiros, tendo sido um dos fundadores do Agrupamento 513, em 1976.
Amante da História e do Património, será nesse campo que se notabilizará deixando na vila de Alenquer marcas indeléveis da sua acção como homem de cultura que amava sem limites a sua terra adoptiva. Em Alenquer começa por ser membro da Comissão Municipal de Arte e Arqueologia. Em 1969 torna-se redactor da folha “Colaboração”, suplemento cultural do jornal “A Verdade”. Em 1975 será um dos membros mais entusiastas da comissão instaladora do “Museu Municipal Hipólito Cabaço”, vindo a ocupar o cargo de primeiro-secretário da comissão directiva do mesmo. Em 1978 é um dos fundadores da Associação para o Estudo e Defesa do Património Natural e Cultural da Região de Alenquer, colaborando na publicação de Património, boletim da mesma. Será no âmbito das actividades dessa associação que, de pareceria com António de Oliveira Melo e António Rodrigues Guapo, virá a ser um dos co-autores dos quatro volumes de O Concelho de Alenquer – Subsídios para um Roteiro de Arte e Etnografia, publicados entre 1984 e 1987. No início dos anos 90 torna-se membro da Comissão de Arte Sacra do Patriarcado de Lisboa e em 1997 dirige a revista Estudos de Alenquer, patrocinada pela autarquia e dedicada à história local, arte e património, mas, infelizmente, este projecto ficar-se-á por um número único. Em 2000 será um dos coordenadores da obra Damião de Goes – Uma antologia de textos bibliográficos. Ainda no campo das letras, deixou-nos como precioso legado Alenquer 1758 – O Actual Concelho nas Memórias Paroquiais – com prefácio de D. Manuel Clemente - a si se devendo a transcrição das mesmas.
Profundamente apaixonado pelo património alenquerense, ao Padre José Eduardo se ficou a dever a recuperação das igrejas de S. Francisco, Triana, Espírito Santo e respectiva Arcada e Santa Catarina, assim como de algumas estruturas da Igreja da Misericórdia cujo tecto, em madeira e pintado, já não teve tempo de refazer.
Por tudo quanto fez pela vila de Alenquer lhe agradeceu o Município galardoando-o com a Medalha de Prata de Mérito Municipal. Faleceu em Alenquer no dia 8 de Setembro de 2012, aos 78 anos de idade.

MARTINS, José Vicente, (.... – 1918). Militar. Natural de Cabanas de Torres, freguesia de Cabanas de Torres. Soldado do Regimento de Infantaria n.º 16, morto em combate em França no dia 6 de Fevereiro de 1918.

MATOS, Estêvão João Filipe de, (…. – 1967). Militar. Natural de Olhalvo, freguesia com o mesmo nome. Soldado Atirador do Batalhão de Caçadores 1920 / Companhia de Caçadores 1719, falecido em acidente com arma de fogo em Angola no dia 16 de Setembro de 1967.

MENDONÇA, D. Diogo da Silva de (1564 – 1630) – 2.º Marquês de Alenquer. Diego de Silva y Mendoza nasceu em Madrid em 1564, filho de Ruy Gómez de Silva de Ana Mendoza de la Cerda, príncipes de Éboli. Nobre de ascendência portuguesa, por parte de seu pai, o qual era efectivamente português, oriundo da Casa dos Silva de Portalegre, senhores de Ulme e Chamusca. Em detrimento de seu irmão primogénito Rodrigo, recebeu de sua jmãe o ducado italiano de Francavilla e com o seu casamento com D. Ana Sarmiento Villandrando de Ulloa, tornar-se-ia, iure uxoris, Conde de Salinas e Ribadeo.
Educado na corte de Filipe II e gozando da protecção dos validos reais Duque de Lerma e Duque de Uceda, bem cedo foi nomeado Capitão-General da Fronteira de Zamora (1580), Capitão-General de Andaluzia (1588) e Vedor da Fazenda em Portugal. Para poder ocupar este último cargo naturalizou-se português, tornando-se vizinho de Castelo de Vide, vila fronteiriça não muito distante de Valladolid, cidade onde por largos períodos residiu a corte espanhola. Por fim, esteve à frente da Junta Governativa do reino português, tornando-se mesmo Vice-Rei e Capitão-General de Portugal entre 1615 e 1622, quando, então, foi afastado do cargo pelo Conde-Duque de Olivares valido do novo monarca, Filipe IV. Enquanto Vice-Rei de Portugal foi ele que preparou as Cortes portuguesas de 1619 e assumiu, em 1621, o comando dos exércitos de Filipe IV em Portugal face a nova guerra com os holandeses. Segundo os historiadores espanhóis, defendeu sempre os interesses de Portugal e quando foi substituído por uma Junta de três membros, o governo desta foi considerado muito pior do que o seu.
Outra faceta de Mendonça, Foi a de poeta e como tal figura entre os grandes poetas espanhóis do século XVII. Dele dizem que possuía uma fina sensibilidade lírica. Escreveu também algumas obras históricas
Ao contrário de outros protegidos de Lerma e Uceda que viriam a ter fim trágico, D. Diogo de Mendonça, Marquês de Alenquer por carta régia de 30 de Novembro de 1616 (Li. 27 da Chancelaria de D. Filipe II, fl. 1991, ANTT) viria a ser reconhecido por Olivares como imprescindível em função dos seus conhecimentos sobre Portugal, daí ter sido conselheiro do rei para os assuntos que envolviam o nosso país. Faleceu tranquilamente no seu palácio madrileno de Buenavista, no ano de 1630.
Os alenquerenses seus contemporâneos nunca aceitaram que Alenquer tivesse saído da Casa das Rainhas para entrar no seu património. Em consequência, alimentaram uma longa demanda com a corte madrilena, mantendo nessa cidade dois procuradores. Contudo, só a recuperação da independência em 1640 viria a resolver esse contencioso. “Informação de direito, dos Procuradores da villa de Alenquer” e uma “Relacion de la anteguedad, y particularidades de la noble villa Alanquer”, dois opúsculos impressos, ao que se calcula, entre 1620 e 1625, são peças dessa demanda e constituem preciosa informação sobre a mesma e sobre a nossa vila à época.

MONTEIRO, Salvador Caetano, (…. – 1965). Militar. Natural da freguesia de Aldeia Gavinha. Soldado de Infantaria da Companhia de Caçadores 548, falecido em Moçambique por acidente em serviço, no dia 26 de Março de 1965.

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